segunda-feira, 30 de março de 2009

LIVRO: SENSUAL - Segredos de uma mulher casada



Semanalmente apresentarei aqui um trecho do livro que minha esposa fez em edição limitada, só para casais especiais: SENSUAL - SEGREDOS DE UMA MULHER CASADA




Este é o primeiro capítulo. Mostra como nos conhecemos. Siga a novelinha! Este capítulo se chama






A PROPOSTA DE LUDWIG (parte1)




Nunca pensei em ser dondoca.

Sempre vi o trabalho como algo natural. Filha de contador, filha de professora, o ciclo formatura / carteira de trabalho / vestido de noiva / aniversário de filho era para mim natural como respirar. Meus irmãos escolheram megabytes ou índices de liquidez corrente. Eu escolhi Machado e Graciliano. E pensei desse jeito até um mês de dezembro. Então começou minha aventura, que você vive a partir de agora.

Faltavam vinte e dois dias para minha formatura quando saí pelo portão principal da UFJF. Estava atrapalhada por dois Dom Casmurro, edição velha, exemplares grossos, que tinha acabado de emprestar na Biblioteca do Instituto de Humanas. E mais três Os Bruzundangas, e mais um Bom Crioulo. O Colégio C... estava com um programa de ensino de literatura, em pequenos grupos, e eu estava entusiasmada com meu estágio lá. Os livros eram para o grupo que coordenava. Era esse Colégio que me prometera meu primeiro emprego, a ser assinado exatamente vinte e três dias depois.

Carregada de realismo e naturalismo mal percebi o carro andando fazendo concorrência a tartaruga. Ele me seguiu desde a esquina da Pedro Gerheim até umas duas ruas depois. Na verdade não lhe dei importância.

E nem o teria percebido no dia seguinte se um dos meus alunos não tivessem chamado a atenção. Meninos de dezesseis anos podem ser apaixonados por Machado, mas não deixam de sê-lo por automóveis. Estávamos na frente do Colégio discutindo se Capitu traiu ou não e um dos meus alunos apontou o Mercedes cor de prata estacionado a quinze passos. O setor masculino olhou para ele como uma manifestação do Olimpo enquanto as meninas torciam o nariz. A mim o motorista pareceu encabulado. Arrancou devagar, fez a manobra evitando passar em frente à gente. Vidros levantados.

Depois, na direção da entrada do bairro pobre não qual dava aulas como voluntária para vestibulandos. Passei por ele. Não se moveu.




(continua na próxima semana)

Um comentário:

Olá Ana Beatriz e Ludwig, sou/fantasio em ser corno (ou fazer de meu maridinho um) e penso o seguinte: