terça-feira, 24 de março de 2009

O do outro - I


Minha experiência de homem liberal me ensinou que uma das coisas que muda é a sua relação com a Torre de outros homens.
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Todos nós somos ensinados a ter uma relação complicada com o instrumento alheio. O pau do outro homem – é uma espécie de instrumento do mal, capaz de transformar a gente em bicha só de roçar de leve num vestiário apertado depois da aula de educação física. No chuveiro coletivo no colégio a gente mal se olha – só vê com o rabo do molho as manchas pretas no meio das coxas dos colegas antes de virar o olhar. Nem admitimos a curiosidade – uma pessoa pode espiar o meio das coxas de outra só por curiosidade, as mulheres fazem isso demais, mas a gente homem nunca admite isso.
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Isso muda. Geralmente é o homem que fica encarregado de arranjar os candidatos para a princesinha escolher. E nessa escolha, claro, importa a gentileza, o charme, a beleza do rapaz, talvez até certas paquera com sua esposa. Mas o que importa mesmo é o pau do outro. Você é um homem, a esposa é uma mulher – o outro cara é pouco mais de uma vara. (Claro, uma vara que terá sua recompensa em prazer.) Como o cara pouco mais é que uma barra dura, na hora de procurar um, a vara é que importa.
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A primeira vez que fui a um vestiário de clube com o propósito de verificar os tamanhos dos caras lá, fiquei constrangido. Tive medo de estar virando de lado, sei lá. Foi difícil olhar direto para o meio da sunga branca de um rapaz até meio feinho que apareceu lá. Morri de medo que percebesse. Com as semanas, me acostumei. Aprendi a sacar o tamanho de um cara até apertado pela sunga, formando numa curva. A sacar quando está meio enrijecido talvez pelo biquíni de alguma garota na piscina ou quando está totalmente relaxado. A calcular pelo volume do calção samba-canção. A olhar disfarçando mas ainda assim olhar direto quando o cara tira tudo para entrar no chuveiro – e aí posso ver o candidato em seu esplendor. A avaliar não só a beleza do falo mas também das suas bolas. E dos seus pelos – se você tem uma esposa que gosta de homens peludos, como é o caso da minha linda Ana Beatriz!

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Claro, essa análise não se dá só em vestiários e praias. Acostumei-me a passar em frente à Universidade e dar carona a rapazes. Era geralmente usam bermuda e mal o garoto entra no carro e já saco mais ou menos o tamanho dele. Às vezes faço isso até sem maldade, só pelo hábito.
Há uma outra mudança na relação sua com o falo do outro. Mas isso só na próxima terça, nesta coluna Teoria da Cornagem, toda terça!

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Beijos liberais,
Ludwig

Um comentário:

Olá Ana Beatriz e Ludwig, sou/fantasio em ser corno (ou fazer de meu maridinho um) e penso o seguinte: