Continua A PROPOSTA DE LUDWIG (episódio 2)
No dia seguinte mandei um e meus alunos como espião e ele informou que lá estava o alvo, como chamou. Dispensei os alunos dez minutos mais cedo. Plano feito. Saí pela entrada lateral do Colégio, atravessei a rua. Dobrei a esquina e lá estava o carro, porta aberta, sem ninguém, em frente a uma birosca.
Gente há que acredita em sorte. Minha mãe acredita, duas de minhas amigas também. Eu acredito em intuição. Desde o começo intuí que eu não estava ameaçada. Pelo contrário, se alguém ameaçava, era eu. Mineiros são loucos por branquinha, cachaça. Numa birosca em Juiz de Fora, então, conversa de pinga é inevitável. E o dono era daqueles chatos, estendia o litro como se ele tivesse inventado a cachaça. Insistia e insistia na venda. O pretenso comprador não queria comprar. Dizia não obrigado seguidas vezes com um português atolado, arrastado como pé em lamaçal. E a cada recusa vinham mais elogios à pinga. Para se livrar do chato deu a volta, quis sair e deparou de cara comigo e minha vida nunca mais foi a mesma.
Era um palmo mais alto que eu. Os olhos azuis e a cabeça comprida me bateram na hora: estrangeiro. De jeans e camisa branca, que nele curiosamente tinham a elegância de um smocking. Olhar de menino flagrado roubando doce. Durante um par de segundos ficamos olhando um na cara do outro. Ofereceu-me a mão com a naturalidade de quem se apresenta à Rainha da Inglaterra, e disse: Ludwig! Comecei a rir. Minha intuição de novo.
- Na Faculdade, no colégio, no voluntariado. Está me seguindo?
- Sim – disse ele afagando uma coceira imaginária na nuca. Não conseguia me sustentar o olhar. Sua vergonha me deixava à vontade.
- Por quê?
- Que tal, que tal se disser que acho você bonita?
- Boa resposta. (Apelando para minha vaidade! Devia se envergonhar!) Vai comprar a branquinha do homem?
Duas notas de baixo valor trocaram de mãos e Ludwig saiu de lá comigo e o litro nas mãos, que jogou num coletor de lixo dois passos depois. Trocamos oficialmente de nome e telefone. Recusei a oferta de carona. Notei que agradei ao recusar, gostou da minha cautela.
Gente há que acredita em sorte. Minha mãe acredita, duas de minhas amigas também. Eu acredito em intuição. Desde o começo intuí que eu não estava ameaçada. Pelo contrário, se alguém ameaçava, era eu. Mineiros são loucos por branquinha, cachaça. Numa birosca em Juiz de Fora, então, conversa de pinga é inevitável. E o dono era daqueles chatos, estendia o litro como se ele tivesse inventado a cachaça. Insistia e insistia na venda. O pretenso comprador não queria comprar. Dizia não obrigado seguidas vezes com um português atolado, arrastado como pé em lamaçal. E a cada recusa vinham mais elogios à pinga. Para se livrar do chato deu a volta, quis sair e deparou de cara comigo e minha vida nunca mais foi a mesma.
Era um palmo mais alto que eu. Os olhos azuis e a cabeça comprida me bateram na hora: estrangeiro. De jeans e camisa branca, que nele curiosamente tinham a elegância de um smocking. Olhar de menino flagrado roubando doce. Durante um par de segundos ficamos olhando um na cara do outro. Ofereceu-me a mão com a naturalidade de quem se apresenta à Rainha da Inglaterra, e disse: Ludwig! Comecei a rir. Minha intuição de novo.
- Na Faculdade, no colégio, no voluntariado. Está me seguindo?
- Sim – disse ele afagando uma coceira imaginária na nuca. Não conseguia me sustentar o olhar. Sua vergonha me deixava à vontade.
- Por quê?
- Que tal, que tal se disser que acho você bonita?
- Boa resposta. (Apelando para minha vaidade! Devia se envergonhar!) Vai comprar a branquinha do homem?
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(continua na próxima semana)
Este é o primeiro capítulo. Dê à sua gata quinze capítulos no próprio livro. Ela vai querer fazer o que o livro ensina e muito mais!
http://sensual.livrossensuais.com/onde.html
http://sensual.livrossensuais.com/index2.html
Beijos, Bia
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Olá Ana Beatriz e Ludwig, sou/fantasio em ser corno (ou fazer de meu maridinho um) e penso o seguinte: